Para enquadrarmos o tema, recolhemos algumas informações que nos ajudam a entender o contexto atual de alguns indicadores de Produtividade em Portugal:
– A duração efetiva anual média de trabalho em Portugal é a terceira mais elevada da Europa, depois da Grécia e da Alemanha, com cerca de 1870 horas;
– Apesar de os trabalhadores portugueses serem dos que mais trabalham, a competitividade e a produtividade em Portugal são das mais baixas;
– Portugal era, em 2010, o sexto país da União Europeia (UE) com menor produtividade no trabalho no setor da indústria, situando-se abaixo da média dos 27 países, indicam dados revelados pelo gabinete oficial de estatísticas da UE, o Eurostat;
– Estónia, Lituânia, Roménia, Letónia e Bulgária são os países que se situam atrás de Portugal na lista revelada, que mede o valor acrescentado bruto por trabalhador do setor industrial.
Por aqui, já a lógica impera e permite-nos tirar uma primeira conclusão: Ser Mais Produtivo não é trabalhar mais, mas sim trabalhar melhor. É a capacidade das pessoas gerarem valor agregado para o país, empresa e/ou organização. Isto consegue-se maximizando os recursos disponíveis, sejam eles Humanos, Máquinas, Materiais ou Equipamentos.
Se particularizarmos no caso de uma área de produção, temos de garantir a execução das tarefas, no tempo e padrões de qualidade exigidos, sempre tendo em consideração a máxima segurança de todos os envolvidos e de forma a rentabilizar ao máximo todos os recursos envolvidos. Para isso é essencial termos um Modelo de Gestão organizado e bem estruturado, assim, o resultado das nossas equipas e recursos acaba por ser o resultado da gestão que fazemos delas.
Se quisermos que elas obtenham o melhor resultado possível, a Gestão tem de garantir que estas tenham as devidas condições para tal. Simultaneamente, será necessário um modelo de gestão que permita monitorizar resultados e os respetivos desvios, para que possamos atuar nos “timings” corretos, minimizando as possíveis perdas.